sábado, 26 de março de 2011

A Importância das Brincadeiras na Educação Infantil!

Palavras Chaves: importância das brincadeiras na aprendizagem das crianças, o faz-de-conta e o movimento corporal.

Resumo: Este artigo tem como objetivo destacar aos sujeitos a importância das brincadeiras na vida das crianças. O quanto elas modificam seu comportamento quando estão brincando e também conseguem fugir um pouco da sua realidade utilizando um pouco do faz de conta. Que o uso das brincadeiras na Educação Infantil é essencial para um bom desenvolvimento cognitivo nas crianças. Crianças que brincam com outras crianças crescem mais alegres e futuramente se tornam seres humanos melhores e alegres. Ou seja, “A criança que é estimulada a brincar com liberdade terá grandes possibilidades de se transformar num adulto criativo” (SANTOS, 2004:114).Foi observado durantes semanas o comportamento de crianças, em suas casas, na rua e na escola e foi comprovada uma grande mudança de comportamento enquanto brincavam, onde elas puderam expressar suas idéias/pensamentos e sentimentos guardados para aquele momento.
1.         Introdução.
Por meio das brincadeiras podemos observar que as crianças alem de se expressarem, aprendem brincando. Aprendem a seguir regras, a se comportar diante os sujeitos. Não devemos deixar as brincadeiras de lado em hipótese alguma, pois ela auxilia no desenvolvimento cognitivo da criança.  Destacamos a deixa de lado das brincadeiras pelas crianças pelo fato de ter que trabalhar mais cedo e como isto afeta muito a sua infância. E como elas criam um mundo imaginário para assumir diferentes personagens e ate mesmo para refugiar-se de situações-problemas do seu dia-a-dia.
2.         As brincadeiras na infância.
Em nossa infância passamos a maior parte do tempo brincando. Desde o primeiro momento que nos damos conta que somos alguém, brincamos. Brincamos de varias coisas, coisas que julgamos interessantes, empolgantes no qual podíamos brincar o dia todo que não achamos enjoativo e continuamos a brincar.
Quando elas brincam notamos o quanto ficam felizes, não só com o fato de brincar, mas também com o fato de estar em contato com outras crianças da mesma idade ou não. Observa-se o quanto elas se soltam e interagem entre elas e isto é característico das crianças. Elas podem ser até tímidas, mas em contato com outras crianças elas se soltam mais.
O brincar faz parte da infância por isso é muito importante brincar, pois, através das brincadeiras as crianças se comunicam, além de se divertirem com o que estão fazendo. Elas adoram o faz de conta e tem por instinto o poder da imaginação porque assim elas podem criar personagens imaginários e também assumir por breves instantes personagens diferentes onde podem atribuir a ela vida momentânea. Ao brincarem de bonecas as meninas, por exemplo, atribuem a estes, nomes de familiares como filhinha, irmã e assim por diante. A imaginação esta sempre presente na mente das crianças. Bem como KISHIMOTO coloca que “No jogo a criança é mais do que na realidade, permitindo-lhe o aproveitamento de todo o seu potencial. Nele, a criança toma iniciativa, planeja, executa, avalia. Enfim, ela aprende a tomar decisões, a introjetar seu contexto social na temática do faz de conta. [...] O poder simbólico do jogo do faz-de-conta, abre um espaço para a apreensão de significados de seu contexto e oferece alternativas para novas conquistas no seu mundo imaginário.” , 1993, p. 50)
Imaginam coisas surpreendentes como historinhas e até um fato de coisas desagradáveis como o contar de um fato que está não acha bonita, elas já imaginam coisas “horrorosas” no qual tem pesadelos a noite.  E através da imaginação a criança cria seu próprio mundo, com suas próprias regras. Seria como um modo dela expressar seus desejos e anseios através dos contos imaginários que ela cria, como uma forma de refugio de uma realidade que ela não goste, assim permitindo fantasiar seu próprio mundo.
Sendo assim ao observarmos estas situações com as quais as crianças passam, pensam, brincam podemos ver o estágio de desenvolvimento delas, de como elas lidam com situações cotidianas.
3.         As brincadeiras e a Escola
Em sala de aula é muito importante a construção, leitura e a contação de histórias com as crianças, seja coletivamente ou separadamente. Pois isto ajuda com que elas exercitem a imaginação e trabalham o coleguismo e a capacidade de desenvolver novas histórias.
As crianças têm por instinto desde as primeiras idades se aproximarem umas das outras, fazerem amizades. Mesmo algumas não sabendo falar elas fazem através de gestos, sons, mímicas. Já os maiores fazem através de uma simples palavra o “oi” ou começam simplesmente a interagir através das brincadeiras ou até mesmo pela facilidade que elas tem ao fazerem amizades.
Crianças adoram jogos de imitação, uso de brinquedos iguais, jogos de mímica. Jogos de imitações porque assim eles podem imitar quem eles quiserem, e também as Instituições de Ensino devem obter maiores números de exemplares de um mesmo brinquedo, para que não haja disputa pelo mesmo brinquedo, logo “O jogo e a brincadeira são por si só, uma situação de aprendizagem. As regras e imaginação favorecem á criança comportamento além dos habituais. Nos jogos ou brincadeiras a criança age como se fosse maior que a realidade, e isto, inegavelmente, contribuem de forma intensa e especial para o seu desenvolvimento (Rego, 1932, p.36). “
Já os mais velhos estão criando autonomia, pois colocam seu ponto de vista perante as situações e sabem se opor a algo que não gosta. É uma fase que tem que ter bastante paciência e sempre conversar muito.
Devemos ter bastante atenção a forma de comunicação das crianças, porque elas se comunicam de formas diferentes, ou seja, através da fala mesmo ou através da linguagem corporal. A linguagem corporal a expressão feita através de movimentos seja das mãos, rosto e corpo. Através destes itens podemos aprender algumas coisas sobre o desenvolvimento infantil, mas isto requer muita observação por parte dos educadores. Observar como agem, andam e se expressam com as pessoas. E com isso “(...) a dimensão que os conhecimentos assumem na educação das crianças pequenas coloca-se numa relação extremamente vinculada aos processos gerais de constituição da criança: a expressão, o afeto, a sexualidade, a socialização, o brincar, a linguagem, o movimento, a fantasia, o imaginário, ... as suas cem linguagens.” (Rocha, 1999:62)
Muitas crianças deixam as brincadeiras de lado para trabalhar forçadas pelos seus pais. Vivem no meio da violência, drogas e são exploradas em todos os sentidos. Crianças com amadurecimento precoce são crianças, mas com atitudes de adulto.
Atualmente por causa da entrada precoce deles no ambiente escolar e atividades extras em turnos opostos, as crianças não tem muito tempo para brincarem. A não ser claro, crianças que entram na escola infantil, daí se tem mais contatos com as brincadeiras. Mas deixo aqui uma pequena ressalva que determinadas atividades extras deixam a abertura para que as brincadeiras aconteçam. Atividades como aulas de futebol, dança e música etc.  A idealização sobre as crianças é que elas brinquem, estudem e tenham uma infância rodeada de amor e carinho, mas o que acontece muitas vezes é o contrario disso. A realidade de nossas crianças é que elas são modificadas pelas mais variadas situações do cotidiano.
Elas adoram brincadeiras do tipo esconde-esconde, trenzinho, cabra cega, pega pega, amarelinha, rodinha e o mais novo do “momento" o vídeo game.
3.1       Linguagem Corporal/Escola Parceira
A escola parceira dispõe de vários exemplares de brinquedos como bambolês, loto, sobra um, bolas de meia calça. Mas as crianças mesmo com todos estes brinquedos atentam em pegar os dos colegas ocasionando puxões e brigas por causa disto.
A linguagem corporal, uma linguagem não verbal ocasionada dos mais diferentes movimentos. Movimentos frequentes de mãos, braços, pernas, cabeça e com diferentes expressões faciais.
Uma das atividades colocadas em sala de aula foi assistir a um filme do Pica Pau onde algumas crianças dançaram, gesticularam, imitaram, riram alto e apresentaram boa memória ao destacar frases do desenho.
            4. Conclusão
            Notamos consideravelmente a mudança no comportamento das crianças quando elas estão em contato com os brinquedos. Deve-se ao fato das brincadeiras lhes proporcionarem alguns momentos de total satisfação, dando a elas a chance de assumir diferentes posturas diante dos sujeitos. Também de fugir de situações problemas que ocorram em seu dia a dia. A brincadeira da a elas possibilidades de refugio, talvez de uma realidade hostil que muitas vezes lhes tiram o direito: o de brincar. O brincar é um direito de todos.
Segundo CUNHA (2004) em seu livro "Brinquedoteca: um mergulho no brincar" o brincar para a criança é importante porque, brincando, aprende a participar das atividades, gratuitamente, pelo prazer de brincar, sem visar recompensa ou temer castigo, mas adquirindo o hábito de estar ocupada, fazendo alguma coisa inteligente e criativa.




Referencias Bibliográficas:
Brasil, Ministério da Educação, Secretaria de Ensino Fundamental: Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, volumes I, II, III. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Brinquedos e Brincadeiras e a Construção do Conhecimento, Maria das Graças de Souza Teixeira.
Documentário Italiano: Crianças Invisíveis, Diretores Mehdi Charef.
Francisco Tonucci.Com Olhos de Crianças. . Porto Alegre: Artes Médicas, 1997
VYGOTSKY; L.S. A formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
ARAGUAIA, Mariana. Piaget e o desenvolvimento moral da criança. Brasil: Equipe Brasil Escola. 04 de  Janeiro de 2010. Disponível em: http://www.brasilescola.com/biografia/piaget-desenvolvimento-moral-na-crianca.htm. Acessado em 04.01.2010.
BRINCADEIRAS INFANTIS/ JOGOS PARA CRIANÇAS E BRINCADEIRAS DE SALÃO. Brasil:2003-2008 QDivertido.com.br. Disponivel em: http://www.qdivertido.com.br/vamosbrincar.php. Acessado em 04.01.2010.
FERREIRA, Adelir Pazetto. ROSA, Silvana Bernardes. Espaço Multimídia na Educação Infantil: Refletindo sobre um Novo Espaço Educativo. Santa Catarina. Disponível em:
ALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro de. O Brincar na educação infantil. Revista virtual EFArtigos - Natal/RN - volume 03 - número 01 - maio – 2005. Disponível em: http://efartigos.atspace.org/efescolar/artigo39.html. Acessado em: 12.06.2010.
CUNHA, Nylse H. S. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. São Paulo. Maltese, 1994.


Autora: Alice Anjos dos Santos

*Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância da Universidade Federal de Pelotas.

Um comentário:

  1. Oi,Alice!!!
    As crianças, e também os adultos, adoram brincar.
    Através das brincadeiras, a criança se desenvolve moralmente e afetivamente.
    Quando pais e educadores se envolvem neste mundo, criam vínculos com as crianças que jamais serão quebrados!

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