sexta-feira, 29 de abril de 2011

Brincadeiras na Educação Infantil!

   
O aprendizado torna-se significativo, quando se conquista a liberdade, isto é, quando a criança pode explorar o ambiente pela qual esta inserida, onde muito se tem a conhecer. O medo perde espaço para a segurança, onde a criança diante as novidades, consegue assim desenvolver o seu aprendizado. Meu trabalho divide-se em duas partes sendo: Brincadeiras na Educação Infantil e Fazendo do Brincar Uma Ajuda Para O Aprendizado. Considero fundamental para as crianças o contato com as brincadeiras, estas mesmas, importantes para a maturidade.

Brincadeiras na Educação Infantil
 Percebo a importância do brincar, este mesmo que possibilita à criança o aprendizado específico. A criança que brinca busca na imaginação o seu desenvolvimento diante a diversidade de situações cotidianas. Toda criança ao passar por estágios, aonde vão adquirindo a maturidade, tornando assim o brincar, mais significativo para a mesma. O sentido do brinquedo para crianças maiores não se de tem somente ao “objeto”, mas sim a imaginação/fantasia, tornando as brincadeiras mais produtivas.
     Diante das minhas observações na escola parceira, visualizei que, as crianças no mundo da brincadeira, fantasia, "fazem de conta", tudo acaba se tornando real perante o seu olhar. Fico encantada como a criança faz um cabo de vassoura se tornar um cavalinho e um pedaço de madeira entre outras coisas se tornarem bonecas, carrinhos, etc.
     Toda criança deve ser cuidada/ protegida, tem o direito ao brincar e aprender, e junto a essas mesmas brincadeiras, conquistar o seu espaço, e através do professor, este mesmo que deve oferecer estímulos às crianças proporcionando o ensino-aprendizagem. Ainda digo que se deve ousar em criatividade, buscar sempre novidades para o "brincar", não ficar sempre no mesmo, o desafio é inovar constantemente. A criança é incansável à novidades/conhecimentos, então quanto mais proporcionarmos recursos, para ajudar no desenvolvimento educacional, mais a criança achara conforto e contribuição para o seu desenvolvimento da maturidade, logo, considero importante o que diz Jean Piaget: “O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas” (www.imotion.com.br/frases/?p=6139).
     Considero um fato de extrema importância, como é citado no texto proposto A Formação Social da Mente, Vigotsky, onde diz que o professor e a família em diferentes situações, devem estar sempre atentos observando como a criança brinca claro, que não impedir “o brincar”, mas estar atento como acontecem as brincadeiras. É uma fase de autoconhecimento /confiança, então esta cuidada devem ser essenciais. Cabe aos professores e os pais passarem uma contínua segurança a criança e deixar o interesse pelo conhecimento prevalecer, incentivar deixar ao seu “alcance” junto à experimentação, ajudando a contribuir com a sua formação.
     O brincar coletivo ocasiona as interações onde muitas crianças expressam seus sentimentos e “abandonam” a individualidade que até então as tornavam egocêntricas e limitadas a dividir/compartilhar (fase de dois a três ano em média). A interação do grande grupo possibilita à criança a construção do conhecimento.
     O que não deve fazer parte do convívio das crianças são as brincadeiras que geram violência e que entre outras coisas não passem nada de bom para criança. Mas muito se tem a oferecer relacionado a brincadeiras; como por exemplo: brincar formando um grande grupo - resulta em coleguismo, participação, saber dividir entre os demais conceitos de bons princípios. Já no caso dos jogos individuais onde existe o estimulo de pensar e o desenvolver de determinadas situações, determinação/iniciativa Diante as diferentes adversidades, isto é, situações de enfrentamento desempenhadas pelas crianças, as brincadeiras, contém, um “certo peso”, quero dizer influenciam as crianças.  
     É na educação infantil, onde se constrói o "alicerce", em outras palavras a formação de personalidade, ajudando na construção do conhecimento. Essa mesma personalidade que mostra a diferença visível entre uma criança que brincou na infância e a outra que não brincou, mostrando assim o papel do brinquedo em seu desenvolvimento. Quando acontece a imaginação, que a criança participa no “faz de conta”, o processo de construção do conhecimento vai acontecendo aos poucos, nunca sendo “algo pronto” e essas situações constituíram conceitos para o aprendizado.
     É de extrema importância  a "imaginação" nas brincadeiras infantis, pois ocasiona elementos fundamentais para o desenvolvimento infantil, como fala no texto proposto para leitura, a imaginação, isto é, acontecem devido à participação de situações na realidade, que são presentes na vida da criança, papéis sociais, a convivência.
     As brincadeiras ajudam no aprender, facilitando assim o desenvolvimento, e também ajudam o comportamento da criança, isto é, situações e regras vão se formando ao brincar, não é “algo solto”, que se faz sem sentido, mas sim resultará no futuro, sendo uma demonstração de formação intelectual e sentimental das crianças. Outro fato presente no texto, é que, quem brinca  é ajudado na interpretação da realidade, comunicação e também fazendo a criança entender os outros e a si mesma mais facilmente. Tratando-se do brinquedo, este mesmo deve ser oferecido à criança e ser colocado a um lugar de fácil acesso. A criança sem o brinquedo, seria o mesmo que uma "restrição” ao seu desenvolvimento, isto é, a falta de experimentação/ conhecimento, convívio com as diferentes situações, liberdade de expressão, seria o mesmo que, fosse retirado o que há de melhor e fundamental, para uma criança que possui suas necessidades específicas.
     A diferença que faz na vida de uma criança sem o brincar, é um problema visível. Através do documentário “Crianças Invisíveis”, podem-se perceber claramente os diferentes sujeitos envolvidos, isto é, crianças que de certa forma ocultam sua infância, passando por situações que os obrigam a tornarem-se adultos, sem presenciaram o que é o “brincar”, vivenciando a violência, crueldade, exploração do trabalho infantil, preconceito, roubo, consumismo, porém, são somente crianças, que no “fundo do coração”, tem um desejo; o de conhecer o “brincar” e o “conhecer” participar, ou melhor, ao verem uma brincadeira, ou uma sala de aula, despertando a vontade de estar na mesma, desenvolvendo seu aprendizado, buscando o conhecimento, só precisam de oportunidade.
     No documentário  Crianças Invisíveis, podemos analisar que existem crianças que vivem situações, ou até mesmo nasceram nessas situações de extrema dificuldade, misérias, sendo elas econômicas, sociais, desigualdades, preconceito, e enfrentam em seu cotidiano a falta de incentivo, vivendo em ambientes de plena conturbação. Tenho como opinião, que para inserir a pratica pedagógica, o propicio seria buscar através dessas diferentes realidades infantis, “meios”, para conquistar recursos, para mudar essa realidade, presente em todos os paises e regiões (o documentário abrange muito bem isto), deve-se enfrentar essas situações como futuras professoras, para que aconteça a transformação de mudança,
     As crianças apresentadas no documentário são crianças reais. Essas mesmas que passam por grandes “tumultos”, mas não se pode esquecer que muitas vezes, uma triste realidade pode ser transformada. Concordo com o documentário, quando se refere às crianças brasileiras, pois, muitas das mesmas, trabalham incansavelmente e ajudam no sustendo a sua família, muitos não freqüentam a escola, outros freqüentam, mas chegam tão cansados nas mesmas que não conseguem aprender, outros vão à escola, com um objetivo, a merenda, que muitas vezes é a única refeição do dia, uma condição real, dolorosa, apresentada por crianças reais.
     Embora paises e regiões tão diferentes no mundo, muitas das brincadeiras são semelhantes, tais como: brinquedos (bonecas (os)), estilingue, futebol, pega-pega, brincadeiras com sombras na parede, bola, parque de diversões, brincadeiras em grupo, etc. Outro fato é a desigualdade socioeconômica, onde muitas crianças têm uma grande estrutura econômica, assim desprezando o que tem, enquanto outros valorizam o mínimo que possuem.
     É triste, ao mesmo tempo de grande dificuldade, quando não se consegue permitir que uma criança tenha contato com o “brincar”, isto é, muitas crianças como aquelas que apareceram no primeiro episódio (do documentário): Crianças Invisíveis, não tinham qualquer relação com brinquedos e consideravam-se “mais fortes” por estarem com uma arma na mão, a realidade das mesmas, deténs - se em não saber o que era um brinquedo, mas “Tanza” ao se deparar com brinquedos e uma sala de aula, ficou encantado, se sentiu a vontade, tirando até os calçados, coisa que jamais fez. Em outro episódio, a menina chinesa, mesmo passando por condições de pobreza, não desistiu de seus sonhos de entrar na escola. Entre demais episódios quero dizer que foram apresentadas crianças com incertezas, falta de segurança, proteção, exploração, tudo isso, para apenas crianças, que são o futuro da humanidade, precisamos cuidar bem das mesmas, pois são muito especiais. A pratica pedagógica pode interferir como já havia mencionado, suprindo necessidades, solucionando problemas, tendo em vista o comprometimento.
     Contudo, em outro momento, fazendo a leitura de algumas lâminas de “olhos de criança (Francesco Tonucci)”, pela qual percebi esse “universo”, tão intenso que é o “mundo infantil”. Educação infantil abrange desde a creche, onde as crianças pequenas estão em fase de descobrimento, convívios sociais, adaptações, regras, que contribuem assim para o desenvolvimento da criança. As creches jamais devem ser consideradas como “depósitos de crianças”, mas sim como um ambiente propício a essas mesmas crianças, que posam desenvolver atividades, diante a isso, esta a importância do brinquedo e o espaço com liberdade.
     Também deve ser levado em consideração que, com o desenvolver das fases da criança, esta mesma, traz consigo uma bagagem, devido a sua realidade, suas vivências, traz o seu conhecimento, isto não deve ser apagado ao entrar na escola.  O conhecimento da criança já conquistado deve ser sempre mencionado, é importante sempre estar atento aos momentos do aprendizado, isto é, a criança ao chegar à escola, leva consigo, dúvidas, inquietações, situações do próprio ambiente familiar estes mesmos fatos, devem ser considerados, pois a realidade do sujeito nos traz a compreensão e assim saber como ajudar a criança diante as dificuldades, logo.
     Como nos diz  Almeida:
A esperança de uma criança, ao caminhar para a escola é encontrar um amigo, um guia, um animador, um líder - alguém muito consciente e que se preocupe com ela e que a faça pensar, tomar consciência de si de do mundo e que seja capaz de dar-lhe as mãos para construir com ela uma nova história e uma sociedade melhor. (ALMEIDA, 1987, p.195)
     O aprendizado pode ser apresentado à criança de uma melhor forma, para que, a mesma entenda, com maior facilidade, e jamais deve ser esquecida que as crianças podem sempre, aprender, e tem muito  a ensinar também, e o importante  é buscar bons valores,  e ter a verdade como meta e sempre ter um diálogo com significados diante as adversidades, isto é, falar e também escutar. Como futuros professores, penso que como meta, o comprometimento é a base para o começo, gostar do que se faz e não somente com obrigação.  E finalizando, considero significativas as citações a seguir: “O saber a gente aprende com os mestres e com os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes”. (Cora Coralina) e “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”. (Paulo Freire), entendo com essas citações que podemos ensinar e também aprender simultaneamente. As semelhanças entre as citações são que, toda criança da forma mais simples, pode sim ensinar muitos conhecimentos, e os seus saberes tem grande importância.

 
FAZENDO DO BRINCAR UMA AJUDA PARA O APRENDIZADO 
     Referente ao brincar, acredita-se que, todo professor deverá proporcionar ao seu aluno um ambiente acolhedor que ocasione conforto, segurança, para o mesmo, desenvolver o aprendizado, isto é, através de brincadeiras, o professor pode identificar seu aluno, se prefere brincadeiras individuais ou juntando-se ao grande grupo, se tem convívio com brinquedos, ou se é inexistente.
     Diante as minhas observações na escola parceira, percebo que infelizmente existem diferenças sociais, mas essas diferenças não são feitas com os alunos, me refiro que algumas crianças dispõem de maiores recursos financeiros (possuem um grande número de brinquedos, por exemplo, e muitas vezes nem se importam com os mesmos), enquanto outras crianças não têm nenhum brinquedo, situações estas, que mostram a realidade, dos diferentes sujeitos que acontece na maioria das escolas. Porém quando acontecem as brincadeiras, as crianças esquecem classe social, e se igualam diante as brincadeiras. Uma vez que a criança, pode fazer da imaginação um brinquedo fantástico.
     Outro fato relevante ao desenvolver o trabalho do professor, esta relacionado às situações-problema, que identifico como um caso de uma criança que se isola e, não quer brincar coletivamente e apresenta grande dificuldade, convívio social, cabe nessas situações o professor buscar uma investigação, com a realidade deste mesmo aluno, para saber o que acontece, e procurar resolver esta situação.  Segundo Piaget é no estágio Pré - Operatório é onde a criança é egocêntrica, centrada em si mesma e não se coloca no lugar do outro. Realmente crianças na educação infantil (três anos), cada uma tem sua personalidade, mas acredito que exista uma grande mudança, quando essa mesma criança, que convive somente em casa, vai para escola de educação infantil para o convívio com as outras crianças.  O papel do adulto nesses casos é observar e ajudar essas crianças, e mostrar para a mesma, que ela não esta isolada e sim, tem muitas pessoas à sua volta.
     As diferenças existem, porém quando as crianças estão aprendendo conteúdos, brincadeiras, novidades, jamais são tratadas com diferença, isto é, todos têm direito ao aprender, brincar, conhecer, sem restrições. Muitas crianças buscam o brincar, ou até mesmo tem contato com o brinquedo somente na escola.
     Minha professora parceira busca a participação, de todos os alunos para as brincadeiras, despertando o interesse, por jogos e brincadeiras diversas. Entre muitas as brincadeiras na escola, estão as que envolvem músicas (cantigas de roda) que além de desenvolver a musicalidade também desenvolve a linguagem corporal. Também ocasiona muito o interesse das crianças, os jogos da memória, quebra-cabeça, “achar os pares”, montagem com peças, boliche, bola, pega-pega, esconde-esconde etc.
     ”Pessoalmente, “o que me chama atenção, é que cantigas de roda, como: “o limão entrou na roda”, “ciranda, cirandinha” ““.” ovo podre”, apesar de antigas, ainda manténs presentes entre nossas crianças de hoje.  Essas brincadeiras antigas, ainda permanecem mesmo diante a esse mundo envolvido por tecnologia, onde videogames de diferentes marcas disputam o mercado, e não esquecendo do computador que também esta paralelo a tudo isto. Sendo que todos têm o direito ao brincar e descobrir valores/significados nas brincadeiras, pela qual ajudam na construção do conhecimento.  
As brincadeiras antigas que as crianças ainda gostam, entre muitas estão como já havia mencionado ovo podre, viuvinha, pega – pega ciranda-cirandinha, pular corda, pois as crianças consideram essas brincadeiras divertidas, e na linguagem delas, “é muito legal”, pois cantam, pulam, correm, e melhor, brincam com as outras crianças.
Outro dia, li uma matéria, editada na Revista Gol (número 96 – março de 2010), pela qual falava de brincadeiras que jamais serão esquecidas, onde o título era: Vamos brincar de quê?
Pique Esconde Elástico, Bola de Gude: Tudo isso é bem diferente dos jogos eletrônicos, a principal atração entre os pequenos de hoje, mas também garante diversão e faz bem ao desenvolvimento infantil (Por Filipe Marcel).
Se antigamente as crianças brincavam na rua jogando bola ou pulando amarelinha, a turma de hoje fica fascinada com o computador, vídeo-games e aparelhos eletrônicos, mesmo no meio de tanta tecnologia, porque não incentivar os pequenos a curtir as brincadeiras de antes? A professora e escritora Anna Claudia Machado, autora de Brincadeira de criança e Brincadeiras de todos os tempos (ed. Larousse Júnior), do Rio de Janeiro, e a pedagoga Gislaine Souza Feliz, de Curitiba, contam porque esses passatempos merecem resistir ao passar dos tempos.
Ciranda – Ótimo para: a memorização e a audição, além de ajudar a criança a expressar seu próprio corpo. Brincadeiras de roda juntam os pequenos, o que favorece o relacionamento entre eles.
Pique esconde – Ótimo para: ativar a capacidade de observar detalhes, a memória e a criatividade. Também exercita a matemática.
Cinco Marias (jogo dos saquinhos) – Ótimo para: criança aprender noções básicas de matemática. Exercita ainda a atenção, a coordenação e o reflexo. É interessante se a criança puder fazer seus próprios saquinhos com a ajuda dos pais, usando retalhos e arroz ou areia, como recheio.
Elástico – Ótimo para: exercitar o corpo, estimular a coordenação motora e dar noções de equilíbrio. Também desafia a criança positivamente a passar as diversas fases, pulando cada vez mais alto até o elástico chegar à cintura.
Pular corda – Ótimo para: desenvolver a coordenação motora, promover expressividade e ritmo, exercitar a capacidade física de velocidade.
Peteca, Bola de Gude, Pião e Ioiô – Ótimo para: dar noção de espaço, exercitar a concentração e memorização. Alguns deles também ajudam a criança a se distrair sozinha, longe da tv.

Referências Bibliográficas:
www.projetospedagogicosdinamicos.kit.net
Duarte, Newton. Vigotsky e o “aprender a aprender” críticas as apropriações neoliberais e pós modernas da teoria Vigotskiana / Newton Duarte – 4 ed. - campinas, SP: autores Associados, 2 ( coleção educação contemporânea 2006).



4pilares. Zi_yu.com/?Page_id=159

 Vigotski, “A formação Social da Mente”.

Documentário: Crianças Invisíveis: Direção de Kátia Lund, Spike Lee, Ridley Scott, Jordan Scott,
Stefano Veneruso, John Woo, Mehdi Charef e Emir Kusturica.

Tonucci, Francesco, “Olhos de Criança”.
Revista Gol (número 96 – março de 2010), Vamos  brincar de quê? (Por Filipe Marcel).
Parâmetros Curriculares Nacionais volume II.

Autora: Claudia Letícia Azambuja Rocha *
Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância.

Um comentário:

  1. Adorei as citações das brincadeiras.
    Brincadeiras estas que muitas crianças deixam de lado, por conta do video game, desenhos na tv.
    Bjos

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