sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Educação Inclusiva_ Aceitar as diferenças.

              Trabalhar com as diferenças dentro do espaço escolar para muitas pessoas torna-se uma tarefa árdua, porque lidar com a diferença é um desafio. Não existe uma receita quando encontramos dentro de um mesmo lugar, sujeitos que muitas vezes, não por sua escolha, mas pelas circunstâncias da vida possuem algum tipo de necessidade especial, sem referência afetiva no que se refere á família, ou seja, o preconceito partindo das próprias pessoas de seu convívio familiar, ou diferente dentro de sua intelectualidade. Inicialmente partimos do princípio que a aceitação, o respeito, a convivência e o amor pelo indivíduo com suas diferenças e limitações, deva ser uma postura que parta de nós mesmos, não apenas nos preocuparmos em fazer com que as outras pessoas se repensem ou se modifiquem.
              Ao falarmos em mudanças refiro-me a se estar retirando de si mesmo todo e qualquer preconceito. É relevante de entender isto para refletir o que acontece na escola e na sociedade, porque nós futuros educadores precisamos saber diferenciar dentro do ambiente escolar, levando para o entorno, as diversas deficiências trazidas com o indivíduo em seu aspecto intelectual com uma pessoa que possua baixo funcionamento cognitivo. Precisamos ser cuidadosos em rotular os sujeitos, nunca se esquecendo que somente o dia-a-dia fará com que conseguiremos amenizar os preconceitos e não se esquecer que diferentes todos nós somos e isto é uma característica humana. Entendermos os processos que buscam a igualdade precisa se pautar que esta igualdade não desconsidere a especificidade própria de cada um, por isso, ao falarmos de “inclusão”, devemos ser cuidadosos e cautelosos para que não se trabalhe no sentido de Homogeneização e padronização. No espaço escola deverá primeiramente respeitar, incentivar e principalmente tentar ajudar os alunos que possuam suas diferenças para que os mesmos pertençam realmente ao mesmo grupo, o da igualdade.
              Gostaria de ressaltar que cada vez mais no ambiente escolar encontraremos crianças que pensam, agem diferenciadamente e sua base familiar é desestruturada, sem amor, sem incentivo e desacreditado. Vejo que o papel da escola é tentar ser um local onde acolhe, respeita os limites, incentiva e conhece principalmente a realidade dos sujeitos para poder fazer com que os mesmos acreditem em si próprios e que todos possam conviver com suas limitações dentro do ambiente escola e sociedade. Posso dizer que não são os sujeitos que entram em nossas vidas e sim somos nós que pedimos licença para poder entrar em seu universo. Concluo que devemos sempre modificar nossos sentimentos e pensamentos não permitindo que parta de nós mesmos qualquer tipo de preconceito referente às diferenças contidas no ser humano. Incentivar e acreditar em um mundo incluso, certamente é estar aberto para receber dentro de nossas vidas todos os sujeitos com suas diferenças. Com tudo, acredito que a escola deverá ser um espaço que promova a inclusão diariamente. Um lugar onde que através do estímulo, incentivo e motivação, todos terão a “escola” não somente como um local onde se ensina e aprende, mas como base para viver em uma sociedade mais justa.

Autora: Viviane Mercante Martha Marques.
Educanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância/UFPel

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