sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O LÚDICO DEIXADO DE LADO PELOS PROFESSORES


Resumo: Este artigo trata de um assunto que acontece em muitas  escolas. Educadores que deixam o momento lúdico  fora de seu planejamento, desconsiderando que a aprendizagem da criança se dá através da interação com o concreto, com o imaginário, ou seja,precisa  do lúdico sempre, independente da idade ou da série em que se encontra. Muitos educadores alegam que as crianças são muito agitadas e tem dificuldade de organização e concentração e com isto podem gerar deles indisciplina.

Palavras chave: - crianças agitadas – esquecimento do lúdico – indisciplina.

Pode-se observar, que nos anos iniciais, momento em que o trabalho com o lúdico se faz necessário para o processo de interação e construção do imaginário é abandonado pela maioria dos educadores.
 E muitos educadores deixam a parte lúdica da aprendizagem lá no pré-escolar, desconsiderando que a criança gosta de brincar, gestualizar em qualquer processo de aprendizagem.  Claro que no pré-escolar além de as crianças aprenderem regras básicas de boa convivência e compartilhamento, necessitando de mais momentos de interação e o lúdico é um ótimo meio de isto acontecer. O lúdico em qualquer idade ou série de aprendizagem faz bem  e o educador não poderia de lado.
Muitos educadores destacam que a turma é ampla ou agitada demais para colocar atividades recreativas em sala de aula, ou seja, alegam que com toda a agitação das crianças, elas tem dificuldade de organização e concentração e com isto geram constantes momentos de indisciplina.
Acredito que em caso em que a turma é ampla são necessários dois ou mais educadores como auxiliares, pois assim facilita o trabalho em grupo podendo dar mais atenção a um número maior de alunos, fazendo assim que o lúdico permaneça em sala de aula. Como em todas as escolas tem uma professora substituta e/ou até monitoras em sala de aula, creio que este seria um modo de não deixar o momento lúdico em sala de aula de lado, pois segundo Feijó “O lúdico é uma necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente, faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana”. (1992 p. 61).
Mas a escola deveria de preservar ou oportunizar este momento por mais tempo, não ficando restrito ao pré-escolar ou a uma atividade extra-curricular.  Segundo Negrine “brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação" (1994, p.41).  O conteúdo lúdico deveria fazer parte da grade curricular ou do  planejamento de qualquer docente. Atividades como das brincadeiras livres ou dirigidas e momentos de danças seriam importantes como meio de descontração e aprendizagem para estas crianças.
Não percebem que brincar é indispensável para a saúde física, emocional e intelectual de seu filho, que brincar não é passa tempo, mas sim uma forma de interagir com o mundo adulto proporcionando lhe desafios e motivação.
Todo conteúdo que motiva o aluno a aprender e de uma forma prazerosa é capaz de qualificar e envolver-lo no aprender. Ainda Negrine destaca que ...

“Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduza agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento". (Negrine, 1994).
           
            O lúdico  é indispensável para a saúde física, emocional e intelectual da criança em qualquer fase de desenvolvimento, é uma maneira de interagir com o mundo proporcionando motivação imaginação e desafios.
A criança é um ser em desenvolvimento e precisa desses momentos  lúdicos  para  desenvolver  seu  emocional  e  é através destes momentos que  exercitamos  sua capacidade de observação, de atenção e concentração e o educador como responsável deveria de manter em sala de aula.

Referencias Bibliográficas:
FEIJÓ, O. G.  Corpo e Movimento: Uma Psicologia para o Esporte, Rio de Janeiro:Shape, 1992.
KIELING, José Fernando [et al.]. A subjetividade do lugar e dos professores na formação: o curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância/UFPel. Licenciatura em Pedagogia a Distância UFPel. Edição: 2010. Pelotas: Editora e Gráfica Universitária, 2010. 256p.: il. color.
NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Prodil, 1994.

Autora: Alice Anjos dos Santos
Estudante do Curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância EAD/ UFPel.

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